SOURCE – O Maestrick faz parte de um grupo seleto de bandas nacionais que possuem discos lançados pela Frontiers Music Srl. Como foi feito o acerto para o lançamento dos álbuns?
Fábio Caldeira (Lead Vocals, Piano and Keyboards) – Sim, isso é algo que nos orgulha muito. No início do ano passado, para ser mais preciso, em fevereiro, lançamos o primeiro single do disco, Ethereal, com um videoclipe dirigido pelo multipremiado Leo Liberti. O clipe e a música chamaram a atenção da Frontiers Music Srl, e alguns dias depois nosso manager, Milton Mendonça, foi contatado com uma proposta excelente e aqui estamos.
SOURCE – Nos dois singles lançados até o presente momento, Agbara e Lunar Vortex, nota-se uma diversidade musical e focos diferentes. Como vocês avaliam o direcionamento do repertório para o mercado nacional e internacional?
Fábio Caldeira (Lead Vocals, Piano and Keyboards) – Na verdade, já lançamos quatro singles do Lunare: Ethereal, Upside Down, Lunar Vortex e Agbara, respectivamente. E cada um deles tem abordagens musicais e estilísticas distintas. Ethereal é um synthwave sinfônico; Upside Down traz uma abordagem de classic rock com uma aura timburtoniana; Lunar Vortex é o Maestrick entrando de vez no metal moderno, com screams e batidas dubstep; já Agbara é o prog metal com fluência (não influência) de música afro-brasileira e MPB. Minha avaliação sobre o direcionamento do repertório, fazendo uma analogia a uma disputa de tiro, é que estamos mais preocupados em “acertar o alvo” do que na direção em que atiramos. Portanto, se for genuíno, verdadeiro e coerente com o resultado final, estaremos lá da melhor forma que pudermos.
SOURCE – Os singles Lunar Vortex e Agbara demonstram uma banda aberta a participações. Como foram feitas as gravações e participações nessas músicas com Roy Khan, Jim Grey e o coletivo Baque Mulher?
Fábio Caldeira (Lead Vocals, Piano and Keyboards) – Sim, desde nosso primeiro disco Unpuzzle!, fomos abertos a participações que somassem artisticamente. Foi assim também no Solare e no Lunare. Temos o Movimento Baque Mulher, a premiada atriz/cantora da Disney e da Broadway Giulia Nadruz na música Mad Witches e o coral Sharsheret, de senhoras judias, que participou na música Dance of Hadassah, cantando em ídiche. Mas, ainda no Lunare, também precisávamos pensar no lado comercial. Assim, com a ajuda do Milton, buscamos figuras conhecidas no mundo do prog metal, com potencial de trazer mais visibilidade ao disco. Foi aí que chegamos ao Jim Grey (Caligula’s Horse), ao Roy Khan (Conception, Ex-Kamelot) e também ao Tom Englund (Evergrey), que participou de uma canção chamada Boo!. Todos superaram nossas expectativas e as gravações foram feitas a distância.
SOURCE – A arte gráfica do single Agbara remete a referências brasileiras, principalmente ao filme Auto da Compadecida. O que você poderia falar sobre a concepção desse single, que inclui também uma animação como forma de videoclipe?
Fábio Caldeira (Lead Vocals, Piano and Keyboards) – Sim, o mérito é todo da nossa querida parceira, a artista plástica Juh Leidl. Ela é a responsável por todas as artes do Maestrick desde o Solare. Como Agbara tem muitas referências à cultura nordestina, a Juh trouxe xilogravuras coloridas representando personagens e signos citados na letra e nas capas dos três singles anteriores. Essa atenção aos detalhes e à interdisciplinaridade do que fazemos é parte da essência do Maestrick. A música é apenas um dos elementos da experiência multissensorial que intentamos com nossa arte.
SOURCE – O Maestrick também lançou um vídeo promocional para Lunar Vortex. Como vocês avaliam a importância dos videoclipes para ampliar os alcances promocionais atualmente?
Fábio Caldeira (Lead Vocals, Piano and Keyboards) – Eu acredito que quanto mais estímulos sensoriais um trabalho tiver, mais intensa será a experiência do público. Então, seja um videoclipe, um lyric video ou um visualizer, sempre estaremos inclinados a fazer. Ainda mais no mundo atual, com estímulos tão constantes, você precisa reforçar a mensagem para aumentar a conexão.
SOURCE – No lançamento de Espresso della vita: Solare em 2018, houve alguma campanha promocional específica para o mercado latino com Hijos de la Tierra?
Fábio Caldeira (Lead Vocals, Piano and Keyboards) – Houve, mas ficamos um pouco no escuro na época, sem muito apoio das mídias dos países que contatamos. Particularmente, eu acho que Hijos tem uma mensagem muito forte. Ainda acredito que ela possa chegar a mais pessoas, especialmente na América do Sul.
SOURCE – Como foi a produção do álbum Espresso Della Vita: Lunare, que será lançado em 2 de maio de 2025 pela Frontier Music Srl?
Fábio Caldeira (Lead Vocals, Piano and Keyboards) – Foi muito exigente, intensa, divertida e também longa. Exigiu muito estudo, preparo, esforço e amor. Depois de finalizar o Lunare, nos demos conta de que estamos trabalhando no projeto “Espresso Della Vita” (Solare e o Lunare) há mais ou menos treze anos. É muito tempo. Já em 2012, na turnê do nosso primeiro disco Unpuzzle!, estávamos pesquisando, compondo, arranjando e produzindo ideias. Foi a empreitada mais longa e complexa até aqui para todos nós, e que ainda vai continuar após o lançamento até o início do próximo ciclo.
SOURCE – Algo mais a ser acrescentado nesta entrevista?
Fábio Caldeira (Lead Vocals, Piano and Keyboards) – Quero agradecer pelas excelentes perguntas e pela atenção ao trabalho do Maestrick. Estamos extremamente felizes e orgulhosos do disco e de termos chegado a esse momento de lançamento para que todos possam embarcar no trem e viver essa experiência conosco. Contem sempre com o nosso melhor! Muito obrigado.
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