SOURCE – Após três décadas de silêncio, o Metralion tem o relançamento de seus álbuns Quo Vadis (1987) e A Mosh in Brazil (1988). Atualmente como está a banda?
Rica (Vocal) – Bem, no momento estamos colaborando na divulgação do CD com a Awakening Records e nosso guitarrista Fernão Carvalho está trabalhando comigo em um novo material.
SOURCE – Como foi realizado o contato com a Awakening Records para o relançamento dos álbuns? Quais as diferenças entre as versões originais e esses novos lançamentos?
Roberto L (Bateria) – A AR entrou em contato com uma página criada no Facebook por um dos nossos ex-músicos, o Alexandre Grangeiro, mas nós perdemos contato com ele. Um dia recebi uma mensagem da minha irmã de que um CD seria lançado e nós (Rica, Fernão, JP, Alex Cavalcanti e eu) começamos a pesquisar até descobrir quem havia negociado com a AR, no caso, o Grangeiro. A partir daí retomamos o contato e apontamos as correções necessárias. O selo foi bastante receptivo às nossas reivindicações e isso foi ótimo.
Em relação à última parte da sua pergunta, não há qualquer diferença. Como o processo de lançamento foi feito sem o conhecimento do que é o núcleo da banda, ou seja, eu, Rica, JP (que gravamos os dois álbuns e tocamos em todos os shows) e Fernão (que como já foi dito, tem conversado com o Rica sobre futuro), não foi possível utilizar as fitas originais remasterizadas (que estão até hoje com o Rica) como gostaríamos, ainda que a gente saiba que a diferença seria pequena.
SOURCE – Atualmente como você avalia o cenário nacional? É muito diferente das épocas dos lançamentos originais de Quo Vadis (1987) e A Mosh in Brazil (1988)?
Roberto L (Bateria) – Eu ando afastado do meio por conta da minha vida profissional, mas estive recentemente em São Paulo e revi nossos amigos do Vodu, com quem fizemos muitos shows e, aparentemente, as coisas estão bem mais fáceis. As bandas têm acesso a instrumentos de excelente qualidade, assim como as técnicas de gravação evoluíram bastante.
SOURCE – Percebi que o Metralion possui registro nas mídias sociais, como vocês avaliam a presença da banda nesse segmento de mídia?
Rica (Vocal) – O Alexandre Grangeiro fez um excelente trabalho no Facebook e somos gratos a ele por isso. Recentemente criamos uma página no Twitter – @Metralion – e no Instagram, mas ainda está tudo muito incipiente, sobretudo porque as nossas atividades profissionais impedem um maior empenho da nossa parte, mas com o lançamento do CD temos que trabalhar duro nisso.
SOURCE – Existe alguma previsão de lançamento de outros materiais para acompanhar o relançamentos dos álbuns?
Fernão Carvalho (Guitarra) – Provavelmente teremos, mas não queremos prometer nada porque é um material que precisa ser ouvido, e tratado, com muito cuidado.
SOURCE – Como você avalia o advento da Internet para uma carreira musical nos dias de hoje?
Fernão Carvalho (Guitarra) – Excelente. Nossos álbuns interessaram a um selo na China e isso era impensável há trinta anos.
SOURCE – Fazendo um retrospecto, quais as maiores saudades que vocês têm do início da carreira da banda?
Rica (Vocal) – Ensaios e viagem para os shows. Aquele tempo que a gente passava fora do Rio viajando e tocando é o que eu sinto mais saudade… E os ensaios, que sempre tinha coisa engraçada, sempre era comédia. A gente se divertia muito. É o que eu sinto mais saudade.
Fernão (Guitarra) – A camaradagem, a casa de Teresópolis onde ensaiamos muitas vezes, tudo, tudo… Porque era tudo novidade. Muito legal!
Roberto L (Bateria) – Realmente era divertido pra cacete, além do convívio frequente com esses caras e músicos de outras bandas, mas o que eu sinto falta mesmo é da minha juventude, porra! (risos)
SOURCE – Algo mais a ser acrescentado?
Rica (Vocal) – Se tudo der certo em breve teremos alguma coisa nova pra botar na rua.
Roberto L (Bateria) – Quem ouvir o CD precisa entender que tudo era muito precário no Brasil da década de 80, ainda é, mas nesse aspecto em particular a coisa era muito ruim. Se vocês fizerem isso, talvez vão se divertir batendo as suas cabeças.
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