SOURCE – Primeiramente, parabéns pela produção de As We Set The Skies Ablaze. Realmente sensacional. Como foi realizado essa produção?
Ricardo Pereira (Vocals) – Imenso obrigado! Todos os instrumentos do álbum foram captados e editados pelo nosso guitarrista Pedro Quelhas, com excepção dos vocais guturais que foram captados pelo Afonso Aguiar da Titanforged Productions, que também ficou encarregado da mistura e masterização. Já é o segundo álbum em que trabalhamos com ele, e neste ele conseguiu superar completamente as expectativas enormes impostas pelo seu excelente trabalho no ‘Sun Dethroned’, o nosso álbum de estreia.
SOURCE – Acredito que na qualidade do álbum. Qual foi o motivo desse lançamento ter sido independente? Se bem que nos dias atuais, isso não é nenhuma desvantagem. Acredito ter pontos muito positivos.
Ricardo Pereira (Vocals) – Contactamos várias editoras, no entanto nenhuma das interessadas fez uma proposta que nos parecesse vantajosa para a banda, ou pelo menos que justificasse sacrificar o controlo deste álbum. A verdade é que o self-release providencia uma sensação única de liberdade, e a banda cresceu exponencialmente mais de forma independente do que com editora. Secalhar é uma questão de ainda não termos encontrado a editora certa, mas para já estamos bem, logo não há pressas.
SOURCE – Eu gostaria de saber o motivo da utilização do session drums Diogo Mota. Como foram as participações de Sandra Oliveira (Blame Zeus, Perennial Dawn) e Sofia Beco (Phase Transition)?
Ricardo Pereira (Vocals) – O Diogo foi baterista de sessão de Moonshade, é um grande amigo nosso, e um baterista exímio. Quando manifestou interesse em gravar connosco, nem hesitamos. Quando o nosso baterista actual Fernando Maia, que também é um baterista espectacular, entrou na banda, já tínhamos as baterias gravadas. No entanto, como é um músico multifacetado, concedeu o seu talento ao álbum na forma das orquestrações que se ouvem ao longo do mesmo.
SOURCE – A concepção gráfica do álbum é excelente, assim como a do clipe Blood Of The Titans. Poderia nos dar mais detalhes sobre isso?
Ricardo Pereira (Vocals) – Toda a concepção gráfica do álbum ficou a cargo da Credo Quia Absurdum. A capa do álbum mostra-nos uma figura quase mitológica, trajada ao estilo dos filósofos gregos, no meio de um cenário apocalíptico, a pegar fogo aos céus debaixo de uma lua cheia – o tema desta imagem sendo bastante directo e auto-explanatório face ao título do álbum. No vídeo da Blood Of The Titans a Titanforged Productions usou todo o artwork do álbum, nomeadamente a ilustração da deusa Artemis para o tema com o mesmo nome, a ilustração de um cadáver num cenário pós-apocalíptico referente ao tema ‘Valley Of Dying Stars’, entre outras. Todo o imaginário e temática do álbum foram perfeitamente capturados pela Credo no seu estilo único de montagem digital de ares quasi-impressionistas, e ficamos tremendamente felizes com o resultado.
SOURCE – Como foi a produção do vídeo Valley Of Dying Stars?
Ricardo Pereira (Vocals) – A mesma ficou a cargo da excelente equipe da Coalblur, sendo que os membros da banda e a nossa media manager Sofía Hernandez ajudamos na caracterização da modelo e nos adereços. Foi gravado em dois dias, um no centro de Guimarães para os planos da storyline, e outro numa zona mais recôndita da cidade para os planos da banda. Sendo Guimarães onde começou a nossa nação, e a música falando de um possível holocausto nuclear, quisemos mostrar uma espécie de início e possível fim.
SOURCE – Na minha opinião o cenário português é grandioso. Mas acredito que ainda falte um reconhecimento maior, inclusive pelos proprios europeus. Em sua opinião, o que falta a esse cenário para ser mais reconhecido?
Ricardo Pereira (Vocals) – Acho que devemos deixar de pensar no cenário musical de forma demasiado regional ou nacional, sendo que hoje em dia todas as bandas devem ser globais. No entanto, entrando nesse exercício de pensamento, creio que as bandas portuguesas, ainda muitas sejam compostas por excelentes músicos, não são muito boas a criar uma fanbase e a comunicar com ela, no sentido em que ainda são muito conservadores nessas andanças. Não é só tocar ao vivo, há também que fazer uso correcto das ferramentas digitais para não se lançar álbuns para o vazio.
SOURCE – As We Set The Skies Ablaze é um lançamento independente, então há muito trabalho a ser feito. Como estão os processos para divulgação desse álbum?
Ricardo Pereira (Vocals) – Ficamos completamente siderados ao saber que o álbum já figurou em tiãs da metal media como a Metal Injection, na Decibel, na Metal Hammer IT, Metal Rules, No Clean Singing e claro, na nossa LOUD!, tendo sido também noticiado por meia centena de blogs e websites, tudo maioritariamente graças ao excelente trabalho do Keith Morash da Infecting Cells PR. Neste momento estamos a apostar mais forte nas redes sociais, e de futuro planeamos ter mais conteúdo visual associado ao álbum, e claro, muito mais conteúdo de texto a explorar as temáticas do álbum, que normalmente colocamos no nosso blog, ‘The Oblivion Pages’, sediado no nosso site em www.moonshadeofficial.com . E claro, planeamos tocar ao vivo! Neste momento temos o Milagre Metaleiro a 28 de Agosto onde teremos a honra de abrir para Bloodbound e Wolfheart. Para 2023 ou 2024 estamos a engendrar algo ainda mais grandioso, mas ainda está em estudo.
SOURCE – Algo mais a ser acrescentado?
Ricardo Pereira (Vocals) – Moonshade estão em todas as plataformas de streaming e redes sociais possíveis e imaginárias! Sigam o nosso trabalho, ouçam o ‘As We Set The Skies Ablaze’, e juntem-se a nós – estamos à vossa espera.
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