SOURCE – Considerando que o segundo álbum Agony foi gravado no renomado The Foundation studio em Ashland – Oregon, como você avalia a produção do primeiro álbum Victim Of Yourself lançado em 2014?
Prika Amaral (guitars) – Foi bem diferente, não só em relação ao lugar em que gravamos, mas como a experiencia individual de cada uma tambem. Quando gravamos nosso primeiro disco tínhamos menos experiencia e tivemos menos tempo também. Agora as coisas foram diferentes, eu estava com um equipamento totalmente diferente, o que fez a diferença pra mim particularmente. Nesse disco pude gravar com a minha guitarra Kramer que tem um som maravilhoso e isso influi muito no resultado final. Mas acredito que toda a experiencia que adquirimos na estrada nesses poucos anos fizeram a diferença no resultado final desse novo disco.
SOURCE – Como foi feito o processo de escolha do produtor Brendan Duffey para o segundo álbum Agony. Haviam outros produtores ou a banda escolheu o produtor especificamente?
Prika Amaral (guitars) – Eu procurei por varias alternativas, iriamos fazer uma turne nos EUA e pensei em aproveitar a ida pra la para gravar, então fui atras de muita gente. Mas depois de um tempo eu lembrei que o Brendan havia voltado a morar nos EUA e foi perfeito, porque já conhecíamos os trabalhos deles aqui no Brasil. Então escolhemos ele, por já conhecer o seu trabalho que é ótimo.
SOURCE – Nas faixas que integram o álbum Agony, há uma faixa em português Guerra Santa. A banda possui algumas faixas em português em seu repertório a algum tempo. Como é feito esse processo de escolha. Qual faixa ficará em português e quais faixas ficarão em inglês?
Prika Amaral (guitars) – A ideia sempre foi escrever pelo menos uma em português. Ainda tenho a ideia de talvez no próximo álbum fazer uma pelo menos uma em espanhol. A gente não escolheu uma música exatamente, a inspiração veio e a gente fez. Foi legal porque pela primeira vez eu dividi uma letra com a Fernanda, porque sempre a letra ou é toda minha ou é toda dela, e nessa a gente conseguiu dividir.
SOURCE – Intolerance Means War é o nome do primeiro vídeo (lyric) promocional de Agony. Vocês tiveram alguma participação nessa produção? Como foi a produção do próximo vídeo promocional para o novo álbum?
Prika Amaral (guitars) – A gravadora escolheu uma música para iniciar a divulgação do novo disco e eles fizeram o lyric video conforme o tema da letra. Mas nosso primeiro vídeo clipe oficial esta por vir, a música será a Hostages, foi uma produção super legal, a gente teve a ideia e foi atrás de uma produtora, que foi o Luringa, que fez um excelente trabalho.
SOURCE – Tenho acompanhado que a Fernanda Lira tem dado bastante entrevistas em rádios/revistas americanas e europeias. Entretanto, não tenho percebido participações das demais integrantes da banda nelas. Dar entrevistas pode ser algo desgastante?
Prika Amaral (guitars) – Eu dou bastante entrevista também, mas eu respondo mais as escritas. Como eu não falo muito bem inglês e nem espanhol, prefiro fazer as entrevistas escritas pois assim tenho mais tempo pra pensar e não escrever tão errado, ela como fala fluentemente fica melhor para ela fazer as entrevistas faladas e eu as escritas, mas eu faço algumas faladas também às vezes e ela algumas escritas. Dividimos as atividades e assim não pesa para ninguém.
SOURCE – Em setembro próximo a banda participará, provavelmente, de sua primeira grande tour europeia ao lado de DESTRUCTION, FLOTSAM AND JETSAM e ENFORCER. Como a banda está se preparando para essa tour?
Prika Amaral (guitars) – Ano passado fizemos uma grande turne de 51 shows em 60 dias na Europa, a primeira parte nos primeiros 20 dias foram com o Hirax e agora em janeiro fizemos uma de 32 shows nos EUA, essas duas turnês já foram uma grande experiência, mas agora vamos sair em turnê simplesmente com uma banda que é uma de nossas maiores influencias, o Destruction! Só tenho a dizer que estamos extremamente ansiosas e felizes.
SOURCE – Há alguma perspectiva para o lançamento nacional de Agony no Brasil? Quais os planos de divulgação do álbum no Brasil?
Prika Amaral (guitars) – Sim, a Shinigami Records licenciou o nosso disco e vão lançar no Brasil no mesmo dia que na Europa dia 3 de junho. A divulgação começou há alguns dias, mas agora que esta chegando a data de lançamento vamos intensificar.
SOURCE – Com uma carreira profissional encaminhada, qual o conselho que você daria as bandas brasileiras que queiram se profissionalizar musicalmente?
Prika Amaral (guitars) – Faça somente o que realmente gosta, faça primeiro por prazer e depois por dever ou por dinheiro. Não desistir porque não é fácil, tomar cuidado resguardando os seus direitos, porque há muita gente picareta principalmente na America latina. E faça as coisas com qualidade, dê preferencia pra demorar e
sair bem feito do que ter pressa e sair mal feito, prefira investir um pouco mais de grana pra sair com qualidade e faça sempre tudo que puder pra que tudo dê certo. Creio que isso é o principal.
SOURCE – Como é composta a equipe de tour da banda? Como é realizada a venda de merchandise durante as tours?
Prika Amaral (guitars) – Cada turne tem uma condição diferente. Conforme o tempo vai passando a banda vai crescendo e a gente vai conseguindo agregar coisas e pessoas para nos ajudar. Mas ainda não temos um padrão porque cada turne é uma realidade e situações diferentes.
SOURCE – Obrigado pela atenção. Algo mais a ser acrescentado?
Prika Amaral (guitars) – Eu que agradeço! Muito obrigada pela oportunidade e atenção. E obrigada a todos que leem essa entrevista. Valeuuu!
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