SOURCE – Delusion of Consciousness foi lançado em abril de 2022. Atualmente, qual a avaliação que você faria da produção e aceitação do álbum?
Eurico Mealha (Bass) – Este álbum foi o culminar de um processo de transição musical para algo mais forte e poderoso do que o nosso 1° álbum. Sabíamos que estava bem musicalmente e que poderia ser um álbum forte. Tivemos de escolher uma produção com muita experiência para ter a certeza que iríamos ter um álbum ao nível daquilo que tínhamos idealizado. Estamos muito satisfeitos com a produção no Öhme Studios e o resultado final. Temos tido uma aceitação fantástica do público em geral. Não podíamos pedir mais.
SOURCE – A concepção gráfica de Delusion of Consciousness destaca-se. O que você poderia falar sobre esse processo de produção?
Eurico Mealha (Bass) – O álbum começou a ser composto em 2019, nas devido a pandemia fomos adiando o seu lançamento de 2020 para 2021 e depois para 2022. As músicas foram saindo e os temas eram sempre a vida, a morte, a mente e a solidão. A componente gráfica tinha de ter alguma ligação com o outro álbum Angels & Demons. Assim, tivemos de ligar o obscuro com um ser sinistro num mundo diferente. Assim surgiu a capa do albúm, que tem todos esses elementos.
SOURCE – Delusion of Consciousness é um álbum expressivo. Terceiro álbum do The Chapter. Bem gravado e executado. Produção muito boa. Em sua análise, o que falta a carreira da banda para um destaque maior no cenário?
Eurico Mealha (Bass) – Actualmente temos muitas bandas boas com muita qualidade. Por isso é sempre difícil dar um passo em frente no underground. Neste álbum procuramos apoio junto de várias editoras, mas por diversas razões acabámos por não o conseguir. Assim, penso que com um bom contrato com um editora seria um passo muito importante para a banda. Outro passo importante poderia ser uma tour fora de Portugal. De qualquer modo, vamos esperar para ver os resultados depois do verão.
SOURCE – Compos Mentis, Halocline e Delusion of Consciousness são os videos promocionais do último álbum. Como você avaliaria a produção de cada um desses vídeos?
Eurico Mealha (Bass) – Fizemos 4 videos promocionais do album. Também fizemos da “Sentidos a Morrer”, cantado em português. A produção desses vídeos foram feitos em 2 partes. A primeira parte foi no estúdio com multicam e uma câmera móvel. A segunda parte foi feita no exterior consoante o tema de cada faixa. No álbum Angels & Demons apenas fizemos um video promocional que foi da “Shaterred Emotions”. Neste álbum preferimos investir em vários vídeos em vez de apenas um. Ainda estamos em fase de idealização de mais 4 videos para lançamento posterior.
SOURCE – Atualmente, mesmo o cenário independente, está muito profissional com várias agências e diversas plataformas para divulgar as bandas. Como você avalia esse atual momento e tantas possibilidade para divulgar as bandas?
Eurico Mealha (Bass) – Com a impossibilidade de fazer um contrato com uma editora, tivemos de recorrer a uma agência promotora. Escolhemos a Metallist.Pr porque foram muito directo naquilo que iriam fazer e os resultados que iríamos obter. Sem dúvida que actualmente é muito mais fácil a divulgação musical do que nos anos 80 e 90. De qualquer modo existem sempre outras barreiras a ultrapassar.
SOURCE – O Brasil possui uma cena muito grande e receptiva para esse tipo de música do The Chapter. O que sabe sobre a cena brasileira?
Eurico Mealha (Bass) – A diversificação musical no Brasil é bem conhecida. Não queremos estereotipar a cena brasileira para o Trash dos sepultura ou o Hardcore dos Ratos do Porão ou o Power Metal dos Angra, mas sem dúvida foram marcos históricos no metal mundial. Conheçemos várias bandas brasileiras actuais muito forte com os Krisiun ou Crypta. Com essa diversidade musical, claramente o nosso som será bem aceite no Brasil.
SOURCE – Planos para excursões na América Latina e Brasil?
Eurico Mealha (Bass) – Para já esse plano é quase uma miragem. É muito difícil para nós encontrar datas mesmo dentro da Europa e sabemos que para países fora da Europa ainda mais difícil se torna. Contudo teríamos todo o gosto em poder tocar no Brasil e trabalhamos no sentido de poder mostrar aquilo que fazemos dentro e fora de Portugal. Quem sabe talvez surja a oportunidade de ir tocar no Brasil nos próximos tempos.
SOURCE – Algo mais a ser acrescentado?
Eurico Mealha (Bass) – Antes de despedir, queremos agradecer a todos os metalheads brasileiros que nos apoiam e que gostam do nosso som. Muito obrigado Source. E vejam o nosso canal do YouTube, temos diversos conteúdos bem porreiros. Abraço.
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