The Mist

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SOURCE – A volta com o The Mist e uma tour com a banda eram um dos últimos marcos que faltavam para a sua carreira musical?

Vladimir Korg (Vocals) – Espero que não. Ainda tenho alguns planos malignos em mente. Acredito que enquanto eu puder estarei em estúdio e escrevendo. Palco eu sei que tenho alguns anos de lenha para queimar, mas sei que não serão muitos. O The Mist foi algo necessário a se fazer. No mínimo para resgatar alguns excelentes músicos e colocá-los em seu devido lugar, como Chris Sales que esteve desde o início da cena do metal em BH. Eu presenciei a decisão dele ser baterista e seguir seu objetivo obsessivamente até estar em um palco junto com o Mayhem. Quando decidi que era a hora de juntar as peças, ele foi o primeiro a quem procurei e disse que sem ele não seria possível porque eu sabia que quando ele ligasse a chave, em pouco tempo ele estaria pronto de novo, como está agora. Ele hoje é uma segurança no The Mist.

SOURCE – Embora o The Mist tenha uma discografia notória, Phantasmagoria e The Hangman Tree destacam-se dos demais referente a sucesso de público e crítica. Quais as essências desses álbuns que os fazem tão diferente e aclamados dos demais?

Vladimir Korg (Vocals) – Acho que porque quando todos estavam meio perdidos, buscando tocarem rápido igual a fulano de tal ou tocar guitarra tão bem quanto o bam-bam-bam da guitarra, decidimos apenas fazer canções. Lembro que falei com Cello Dias que eu queria estar em uma banda que compusesse músicas que qualquer fã pudesse tocar. O diálogo entre Cello Dias e Chris Salles sempre foi muito afinado para composição. A minha ideia de ter as letras das músicas em português era justamente trazer o fã para a banda. Ele saber exatamente o que queríamos dizer. Tentamos fazer desses álbuns algo diferente em termos musicais, estéticos e com essa intenção de trazer o fã para dentro do trabalho.

SOURCE – Atualmente Phantasmagoria tem lançamento nos Estados Unidos em CD, vinil e cassette via Greyhaze Records. Como está a carreira internacional da banda considerando esse lançamento?

Vladimir Korg (Vocals) – Ainda estamos nos estruturando. Organizando as coisas e vendo o que foi feito das nossas músicas enquanto estivemos fora. Os trabalhos da GreyHaze ficaram bons, mas ainda não entendemos muito bem como eles distribuem os produtos. Estamos tentando compreender as coisas para depois pensar em algo internacional.

SOURCE – Sem dúvida, o nome Vladmir Korg foi marcado como um dos mais importantes vocalista no metal nacional. Como você lida com esse tipo de
referência?

Vladimir Korg (Vocals) – Eu não lido. Apenas faço meu trabalho e tento estar próximo de bons músicos. O resto é consequência. Fico feliz em saber que meu trabalho é reconhecido, mas para mim o meu melhor trabalho é o que está por vir. Juntar o povo e fazer música me move. Acredito que sou honesto com os projetos que faço e isso deve me dar uma certa credibilidade.

SOURCE – Como você avalia a pirataria das gravações das fitas cassettes do início do cenário nas décadas de oitenta e noventa para a pirataria dos tempos modernos com disponibilização de conteúdos no You Tube, download de álbuns inteiros etc?

Vladimir Korg (Vocals) – Não sei como avaliar. Acho que os formatos se esgotam e dão lugar a outros. A pirataria nessa época se deu muito pela ganância das gravadoras. LPs e CDs eram muito caros e é claro que haveria uma resposta. Nessa época as gravadoras sugavam os artistas, direcionavam o seu som e era um cenário bem perverso. O resultado é o que está aí hoje. Gravadoras em crise e todo mundo produzindo o seu próprio som.

SOURCE – Você acredita que os (re)lançamentos da Greyhaze Records nos Estados Unidos das bandas mineiras deu uma turbinada no cenário do metal
mineiro atual?

Vladimir Korg (Vocals) – Não sentimos nenhum resultado ainda. Estamos mesmo olhando isso com muito cuidado agora. Mas temos que primeiro arrumar a casa.

SOURCE – Com a boa aceitação aos palcos, há algum tipo de pressão para lançamento de um novo álbum?

Vladimir Korg (Vocals) – Não pensamos nisso. Nossa maior atenção agora é fechar shows. Estamos focados nos primeiros trabalhos. Um passo de cada vez. Ainda existem os outros trabalhos para serem estudados e aí sim fazermos algo. Nosso olhar inicial é palco. O contato com as pessoas que gostam do nosso trabalho vem em primeiro lugar. Temos que vê-los, conversar com o povo, mostrar o que somos. Não é hora de nos trancar em estúdio e viver o isolamento de composição e gravações. Acabamos de chegar e nem enchemos nossos copos ainda. Pé no agora e na estrada.

SOURCE – Algo mais a ser acrescentado?
Vladimir Korg (Vocals) – Muito a acrescentar. Estamos dando duro para fazer a Scarecrow tour um grande reencontro e novos encontros. Fiquem atento às datas, provoquem os produtores de sua cidade para nos chamar, ouçam nossos trabalhos. Breve estaremos aí e se não for na sua cidade estaremos por perto. Espalhem a neblina. Abraço a todos!

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