SOURCE – A Mighty Music é uma gravadora tradicional em lançar bons nomes do cenário mundial. Como foi realizado o contato para o lançamento de Eye In Hell?
Zhema (Guitars) – Eu não sabia muito sobre a Mighty Music e então eu recebi uma consulta através de seu PR Fernando Reis, homônimo de nosso amigo Fernando Reis de Teresina. Nessa consulta ele me perguntava como funcionava os lançamentos do VULCANO aqui no Brasil e no exterior e então eu lhe contei que o VULCANO sempre foi uma banda independente e através da Renegados Records que eu havia criado eu produzia os álbuns e depois licenciava a que fosse de interesse. Então mais tarde tarde eu recebi uma mensagem do “Chair Man” da Target Group da qual a Mighty Music faz parte sobre um álbum exclusivo para lançamento através deles. Naquele momento, eu já estava escrevendo o novo álbum e então contei a ele sobre isso e pedi que ele esperasse eu terminar a gravação. Se ele gostasse do material faríamos um acordo. Depois de alguns meses assinamos um contrato de edição e lançamento. Eu havia composto 18 músicas para que a Mighty Music escolhesse 9 ou 10, porém eles escolheram 13.
SOURCE – Como foram a produção e as gravações de Eye In Hell acontecidas no O Beco Studios em Curitiba?
Zhema (Guitars) – Inicialmente viajamos para Curitiba Eu, Gerson e Bruno para as primeiras sessões. Gravamos os “takes” de bateria. Em uma segunda viagem foi Eu e o Gerson, fizemos tudo que deveria ser feito para os arranjos de guitarras. Os “takes” de Baixo e Voz foram feitos aqui em Santos. Dessa vez foi o Ivan Pellicciotti quem viajou para Santos. Com isso tudo o Ivan passou a trabalhar em Curitiba e eu remoto aqui em Santos.
SOURCE – Musicalmente qual o novo enfoque dado a Eye In Hell?
Zhema (Guitars) – Eu não sei responder sobre isso. Há quase 40 anos fazendo músicas eu já não me preocupo com direcionamento ou enfoque musical. Eu realmente crio um “riff” do qual eu gosto e acho interessante e então desenvolvo ele para uma musica. Se o resultado final me agrada então eu tenho uma música, se não eu abandono ela em algum lugar de meu computador. Mas costumo chegar até o final com a música, em outras palavras eu chego até gravá-la em definitivo e então faço essa avaliação final: Gostei/Não Gostei.
SOURCE – Considerando álbuns como Bloody Vengeance and Who Are The True?, há alguma pressão para produzir álbuns próximos a esses?
Zhema (Guitars) – Sim! A maioria das pessoas, principalmente “reviewers” e críticos esperam de nós um “novo Bloody Vengeance”, mas é impossível! Aquele “Bloody Vengeance” de 1986 foi algo único e não se pode copiar! Era outra época, outros caras na banda, outros equipamentos, outro momento, enfim tudo muito diferente. Eu costumos dizer quando me questionam sobre isso que “Não se pinta a Monalisa duas vezes”.
SOURCE – Com tantas tours realizadas e outras agendadas, por que Eye In Hell não foi gravado e produzido fora do Brasil?
Zhema (Guitars) – Justamente porque como disse, eu já estava escrevendo esse álbum e então pedi que os produtores da Mighty Music aguardassem o término para então decidirem se queriam ou não o álbum e quando entreguei a eles, já entreguei pronto e mixado. Eles me exigiram apenas que a masterização fosse feita por alguém deles e no estúdio deles, então eu entreguei a obra final somente mixada sem masterização.
SOURCE – Como estão os preparativos para a divulgação de Eye In Hell, considerando que a data de lançamento está prevista apenas para 13 de março de 2020?
Zhema (Guitars) – Eles tem um cronograma todo deles. O álbum, por exemplo, já esta com eles desde outubro de 2019, porém eles vão lança-lo em Março de 2020. Lançaram um single chamado de “Bride of Satan” e depois o single “Evil Empire”. Em algumas semanas lançarão outro single “Cybernetic Beast” até o lançamento final do álbum em Março.
Eles tem um cronograma próprio e eu não sei como funciona isso. Através do PR da gravadora eu recebo os principais “reviews” e críticas daquilo que foi disponibilizado para os parceiros repórteres deles. Vi que você mesmo já colocou uma resenha deste álbum, o que significa que você recebeu o álbum inteiro em formato digital, certo?
SOURCE – Como foram os shows da Europe Stormed Tour que ocorreu entre os meses de novembro e dezembro de 2019? Foi gravado algum material para posterior lançamento?
Zhema (Guitars) – Os shows foram excelentes! Estávamos preparados com 3 repertórios diferentes de modo que podíamos escolher qual faríamos de acordo com o local que estávamos. Por exemplo, em alguns lugares já havíamos tocado na última turnê e então neste caso usávamos o “set list” com músicas inéditas para eles, e naqueles que era nossa primeira vez colocávamos um “set list” com músicas mais antigas e que abrangia mais nossa carreira.
Sim existe mais de 1T de gravações de vídeos e fotos além daquelas que vão aparecendo no “youtube”. Eu pessoalmente gostei muito das três ou quatro músicas gravadas no show de Londres. Ficaram muito boas. https://www.facebook.com/watch/?v=544020679481368
SOURCE – O Vulcano é uma das principais bandas do cenário nacional, mas que ainda não explorou totalmente o seu merchandise. Quais os planos para 2020 nesse aspecto?
Zhema (Guitars) – Pois é Falber! Eu sou um cara ainda muito antigo e portanto desacostumado com essas coisas de “merchandise”, assessoria de imprensa, divulgação etc. Eu tenho investido muito pouco nisso! Eu não tenho nada pensado ou planejado para esse ano de 2020, mas talvez seria a hora de começar, certo?
Meu negócio é fazer música e sobre isso eu tenho sim um planejamento para este ano que basicamente passa por compor mais umas 9 ou 10 musicas e deixá-las prontas para um segundo álbum com a Mighty Music, quero regravar o álbum “RatRace” com os membros originais do VULCANO daquela época e tenho um projeto em mente de realizar um tributo às Bandas Brasileiras que eu curtia em minha adolescência lá no começo dos anos 70.
SOURCE – Os recursos multimídas dominam o cenário de divulgação. Como estão os preparativos para lançamento de vídeos promocionais para o Eye
In Hell?
Zhema (Guitars) – Eu não sei exatamente o que a Mighty Music está preparando nesse sentido. Depois dessa nossa conversa aqui vou até me “enturmar” melhor com os caras e ficar por dentro disso tudo!
SOURCE – Algo mais a ser acrescentado?
Zhema (Guitars) – Diferentemente dos álbuns anteriores este “Eye in Hell” não possui um tema central nas suas letras. Depois do retorno do VULCANO em 2003 todos nossos álbum tem uma lírica que permeia um tema central, em outras palavras as letras versam quase que na totalidade sobre um mesmo tema. O exemplo mais fiel disso é nosso EP “The Awakening of an Ancient and Wicked Soul”, porém nesse “Eye in Hell” não tem isso, cada música tem seu próprio tema, então é importante ao ouvinte e críticos saberem disso porque parecerá inicialmente não ter um conteúdo, mas tem! Individualizado para cada canção.
Finalmente te agradeço por mais essa oportunidade de levar as idéias por trás de minha banda o VULCANO aos leitores e também agradeço aos leitores por chegarem até aqui nesta entrevista! Abraço a todos!
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